FERNANDO NEVES FALA DAS URNAS ELETRÔNICAS NO EXTERIOR

Brasília, 12/09/2003 - Neste domingo, 300 mil eleitores de oito municípios da província de Buenos Aires vão escolher através da urna eletrônica brasileira, o governador, o vice, prefeitos, vereadores e deputados. O Tribunal Superior Eleitoral envioumil urnas para que o país possa fazer uma experiência piloto com o sistema.<!#E#>O convênio entre os dois países foi assinado na Argentina no dia 30 de julho. Durante a solenidade, o presidente do TSE, ministro Sepúlveda Pertence, desejou que o envio das urnas seja apenas o primeiro passo para a troca de experiências eleitoraisentre as duas nações. <!#E#>O governador de Buenos Aires, Felipe Solar, lembrou durante a cerimônia realizada no Palácio San Martin, que a utilização do sistema representa para os eleitores de seu país um marco, e poderá significar ainda, a agilização do desenvolvimento de umprocesso similar de votação na Argentina. <!#E#>O governador elogiou o uso das máquinas no Brasil ao ressaltar que todo o processo de votação é bastante ágil e seguro, não deixando margem para fraudes. <!#E#>O intercâmbio tecnológico entre o TSE e países vizinhos começou em 2001 com o Paraguai, que foi o primeiro país latino-americano a utilizar as urnas eletrônicas do Brasil em uma eleição: Mais de 26 mil eleitores, pouco mais de 1% do eleitorado,votaramatravés de 160 urnas em três cidades. <!#E#>A experiência foi tão positiva que em abril deste ano, foram cedidas outras seis mil urnas ao Paraguai para a eleição presidencial que, desta vez, envolveu 46% de todo o eleitorado do país. <!#E#>Em entrevista ao programa Revista-Justiça transmitido toda sexta-feira pela rádio Nacional, o relator das instruções das eleições de 2004, ministro Fernando Neves, que tem acompanhado todo o processo, disse que o Paraguai já manifestou intenção de ternas próximas eleições 100% das urnas eletrônicas. "Isto mostra que a Justiça Eleitoral está no caminho correto, é uma obrigação de todas as nações se auxiliarem, todos nós temos que contribuir para o fortalecimento da democracia", analisou.<!#E#>Durante a entrevista, Fernando Neves esclareceu que o TSE não comercializa as urnas, "o intercâmbio com outros países consiste em convênio com a OEA (Organização dos Estados Americanos), o Brasil apenas está mostrando seu trabalho na JustiçaEleitoral,permitindo que países interessados no sistema eletrônico de votação conheçam nossa experiência para que desenvolvam o seu próprio sistema", analisou o ministro.<!#E#>Neves disse que o TSE tem participado efetivamente da demonstração de seu sistema, sendo que os contatos mais recentes foram com a Colômbia e a República Dominicana, onde deverá ser desenvolvido um projeto piloto como foi feito no México.<!#E#>Nas eleições do México, ocorridas em julho passado, 150 urnas eletrônicas brasileiras ficaram à disposição de 18 mil eleitores da capital mexicana, que, após votarem no tradicional sistema de cédulas de papel, também tinham a opção de votar na urnaeletrônica. Nesta primeira etapa, o sistema eletrônico de votação funcionou apenas como teste de comparação entre o sistema tradicional e o informatizado, atingindo cerca de 2,5% do eleitorado.<!#E#>O ministro adiantou ainda que o Equador já está estudando o uso da urna eletrônica nas eleições. De acordo com Fernando Neves, este intercâmbio abre caminho para o aprimoramento das relações internacionais principalmente com países do Mercosul e daAmérica Latina. "Quando nós estamos contribuindo para o fortalecimento da democracia nos países vizinhos, nós estamos contribuindo também com o fortalecimento da nossa própria democracia, a região deve pensar e caminhar como um todo".<!#E#>Neves encerrou a entrevista dizendo que para a Justiça Eleitoral brasileira é uma grande realização ver que o seu projeto desenvolvido pelos técnicos da Justiça Eleitoral, está tendo uma aceitação tão grande em outros países.<!#E#><!#E#><!#E#>N. <!#E#><!#E#>