MUSEU DO TSE PRESERVA MEMÓRIA DA JUSTIÇA ELEITORAL

O Museu da Justiça Eleitoral foi reaberto à visitação pública, no térreo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília. Ponto inicial de uma campanha nacional de mobilização do TSE e dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs)parapreservar a memória eleitoral do país.O acervo, ainda pequeno, é bastante interessante. Aberto nos dias úteis, de 13 às 19 horas, os visitantes poderão encontrar desde urna de madeira da comarca de Itápolis, em São Paulo, usada naprimeira eleição da República, em 1893, até a urna eletrônica de nossos dias, trazida pela modernização do sistema eleitoral brasileiro.Seguindo a cronologia histórica, pode-se ver, também, urnas de madeira, muito usadas nasdécadas de 30 e 40, além das urnas de lona, fechadas com cadeados, ainda hoje utilizadas em algumas regiões do país, e que o presidente do TSE, ministro José Néri da Silveira, quer aposentar de vez já nas eleições municipais do ano que vem.Isto, sem falar no único exemplar da primeira urna automática de que se tem notícia, criada no início dos anos 60, mas que não chegou a ser posta em prática, pois o regime militar iniciado em 1964, que provocou a suspensão temporária dos direitospolíticos, não permitiu que a referida urna fosse usada, e ela acabou caindo no esquecimento, mesmo depois, com a volta das eleições. O visitante encontra, ainda, diplomas de ex-presidentes da República, como JuscelinoKubitschek; o primeiro título eleitoral emitido na nova capital do país, em 20 de julho de 1960, em nome de Luiz Gonzaga de Oliveira; ata da instalação do TSE, em sua segunda fase, em 1º/06/1945 - a primeira fase do TSE durou apenas de 1932 a 1936,quando foi fechado pelo governo "Estado Novo", de Getúlio Vargas.São desse período, por exemplo, as duas únicas falhas na galeria de fotos dos ministros titulares do TSE. Os curadores do museu tentam, de todas as formas, contatar os familiares dos ex-ministros Renato de Carvalho Tavares e Francisco Carneiro Monteirode Salles, ambos de 1932, para recuperar imagens que supram a lacuna.ento difícil, de acordo com os pesquisadores do Museu, por falta de registros sobre os ex-ministros e seus familiares. A esperança da direção do Museu está emque a campanha pela recuperação da memória da Justiça Eleitoral descubra descendentes ou amigos que tenham registros sobre eles. Esperam, também, sorte parecidapara um aumento considerável do acervo hoje exposto, e que, em futuro próximo, poderá ser usado em exposições intinerantes pelo país.Se você possui algum pertence de valor histórico (foto, cédula, medalha etc) contate o TSE, pelotelefone 0XX61 316.3440. Ajude a preservar a memória de nosso país!.